A corrida é a cereja do bolo de todo corredor de rua, é a
adrenalina que falta. Geralmente é numa corrida que você supera o seu tempo de
treino, mesmo sem perceber. Ela te dá o que falta para correr um pouco mais. Ansiedade,
vontade de concluir a prova, dor, cansaço, sede, e, como ouvi uma vez de um
corredor que entrevistei: a corrida é uma luta contra você, você precisa vencer
você mesmo.
Neste domingo (1 de maio) participei da Etapa Joinville do
Sesi Corridas do Bem, com recorde de inscritos, o evento recebeu 1.013
inscrições. Pela primeira vez participei de uma prova com tanta gente. Apesar
da festa grande, e da alegria de ver que estão crescendo o número de pessoas
que procuram esse tipo de atividade, muitas pessoas correndo atrapalha um
pouco, você tem que cuidar para não esbarrar, tropeçar, cair ou derrubar
alguém.
Com o tempo mais frio, consegui concluir a prova em 29
minutos (segundo o runkeeper – aplicativo de corrida que uso), acho que meu
chip não registrou meu tempo, não vi meu nome nas folhas no fim do percurso,
mas o que vale é a participação. O sol fraco e a temperatura mais amena fez com
que eu não sentisse tanto cansaço e conseguisse concluir a prova com mais tranquilidade
que as anteriores, consegui inclusive, dar uma acelerada nos minutos finais e
ultrapassar algumas pessoas.
A estrutura e a organização da prova estavam praticamente impecáveis.
O kit de corrida foi show de bola e bem recheado e a medalha de participação muito
bonita. Umas das coisas, que em minha opinião, pegou, foi a distância do ponto
de abastecimento (distribuição de água), já tinha percorrido mais da metade da
prova e nada de encontrar a organização distribuindo água. Quando finalmente
encontrei, tinham apenas duas pessoas (muito dedicadas) para conseguir entregar
água para todo mundo. Tirando isso, o evento não deixou nada a desejar.
Uma das coisas que tenho aprendido durante as participações
em corridas é que você não precisa ir acompanhado, sabe por que? Porque quando
você chega ao local, você encontra os amigos lá, você faz amigos lá, o clima é
perfeito para isso. Neste domingo não foi diferente, logo ao chegar encontrei o
pessoal do Mulheres na Pista (grupo de corrida), na sequência o pessoal da
Associação Garra. Na largada encontrei o amigo Luiz Fernando Fernandes.
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Galera do grupo Mulheres na Pista |
Após concluir a prova e me hidratar, fiquei logo após os fotógrafos
na linha de chegada e dai foi a hora de encontrar mais gente, primeiro foi a
Fernanda Mendes (minha ex-companheira da
academia The Best), depois a Serena Mendes e por fim a Michele Guesser, que
deveria ter sido minha parceira de corrida (pois tínhamos conversado sobre nos
inscrevermos numa prova juntas), mas, a Mi torceu o tornozelo uma semana antes
e caminhou os 5 km, concluiu a prova em 52 minutos. Logo após a chegada da Mi,
fomos ao encontro do Diego, irmão dela, que concluiu a prova, cerca de um
minuto na minha frente.
Um pouco antes da chegada das amigas, vi algo que me deixou
um pouco assustada, logo após a chegada, num canto, uma menina deitada no chão,
tossia e parecia passar muito mal, amparada por duas outras corredoras. Rapidamente
fui até o Sandro (Promotor de Atividades Física do Sesi) que estava organizando
as medalhas, e avisei que uma menina estava passando mal, ele largou tudo e
correu em direção ao pessoal da ambulância que trouxe uma maca e levou a jovem
corredora. Fiquei sabendo que apesar de ter caminhado em parte do percurso, a
menina deu uns tiros (corrida rápida por alguns minutos) e isso pode ter contribuído
para o mal estar dela. Acho que em corrida, cada um tem que aprender a
identificar o que o seu corpo aguenta ou não. É preciso se superar, mas sem
comprometer o seu bem estar.
Antes da premiação, ocorreu o sorteio de diversos prêmios
dos parceiros do Sesi. Para finalizar, agradecimento super especial ao pessoal
do Sesi, na pessoa do Sandro Marcelo Tiburcio, que proporcionou que eu
participasse da corrida. Valeu galera, até a próxima!
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No pódio: Eu, Michelle (com o pé machucado) e o Diego (Irmão da Mi) |